quinta-feira, 16 de abril de 2009

As mãos sujas

Jean-Paul Sartre

Jean-Paül Sartre, escritor e filósofo francês, nasceu em Paris, em 1905.
Aos 2 anos ficou órfão de pai; mais tarde, a mãe casou-se com o director dos estaleiros navais de La Rochelle. Foi aí que o jovem teve oportunidade de contactar com a burguesia, que viria depois a satirizar em numerosas obras. Em 1924 encontrava-se já a frequentar a Escola Normal Superior. Em 1929 licenciou-se em Filosofia, em Paris, e cumpriu o serviço militar. Em 1931 foi nomeado professor de Filosofia no Havre.
Só em 1937, contudo, iniciou a sua actividade literária, com a publicação da narrativa La Chambre. No ano seguinte publicou o seu livro mais famoso, A Náusea, e em 1939 Lê Mure. Foi, entretanto, mobilizado no início da segunda guerra mundial. Feito prisioneiro em 21 de Junho de 1940, é internado no campo de concentração de Treviri e libertado em 1941. Em ritmo crescente surgem obras que lhe granjeiam uma extraordinária divulgação:
Lês Mouches (1943); L'Être et lê Néant (1943); Lês Chemins de Ia Liberte (1945).
A filosofia de Sartre, táo discutida, pode ser definida como uma filosofia da liberdade e da responsabilidade. Ao homem compete inventaria própria vida e o próprio destino, escolher a própria liberdade e construir o seu valor. Esta filosofia é designada sob o nome genérico de ^existencialismo» e revela-se, sobretudo, nos volumes L'Ètre et lê Néant, Situations e Critique de Ia raison dialectique. Em 1964, Sartre foi galardoado com o Prémio Nobel da Literatura, que recusou. As Mãos Sujas, a sua peça mais célebre, nasce da oposição política de um realista e de um idealista.
Um chefe revolucionário colabora com os seus adversários; uma facção do seu próprio partido considera essa táctica inoportuna e encarrega um jovem idealista de o assassinar.
Este livro reflecte principalmente as ideias de Sartre sobre o problema da liberdade.

Sem comentários:

Enviar um comentário