quinta-feira, 16 de abril de 2009

Gaibéus

Alves Redol

António Alves Redol nasceu em Dezembro de 1911, em Vila Franca de Xira.
Nasceu do povo e viveu com o povo. Começou por ser marçano e depois foi sucessivamente, empregado de escritório, vendedor de pneumáticos, encarregado de publicidade numa empresa ultramarina, gerente de tipografia, etc. Com 16 anos foi para Luanda em busca de trabalho.
Ensinou taquigrafia num colégio particular, foi assalariado da Direcção dos Serviços da Fazenda e empregado de escritório.
Aos 19 anos regressou à metrópole. Fez parte de diversas comissões do Movimento de Unidade Democrática (M. U. D.) e esteve em Paris em 1948, onde foi convidado para participar no Congresso dos Intelectuais para a Paz em Wroclaw.
Faleceu a 29 de Novembro de 1969, em Lisboa, vítima de uma doença incurável. A sua obra é vasta e está traduzida já nos Estados Unidos, Rússia,
Polónia, Bulgária, Checoslováquia, Hungria, Itália, França, Espanha e Alemanha. Entre romances, contos, teatro e literatura infantil, Redol escreveu mais de vinte livros, dos quais citamos apenas alguns: Marés, Avieiros, Fanga; Anúncio, Porto Manso, Vindima de Sangue. Teatro I e II, Uma Fenda na Muralha,
A Barca dos Sete Lemes, Barranco de Cegos. Gaibéus, escolhidos para figurar em "Livros de Bolso Europa-Amêrica", é um clássico do neo-realismo português: descreve o drama de um rancho de ceifeiros que do Norte do País descem a participar na batalha sem fim travada na lezíria.
Esta obra já foi vertida no sistema Braille. Publicações Europa-Amêrica sente-se honrada por reeditar uma obra de um dos maiores escritores portugueses contemporâneos, que sempre soube defender os humilhados, ofendidos e deserdados.

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