sexta-feira, 17 de abril de 2009

Manhã Submersa

Virgílio Ferreira

Virgílio Ferreira nasceu em Melo, serra da Estrela, em 1916. Frequentou a Faculdade de Letras de Coimbra, onde se formou em 1940. Tendo-se dedicado ao ensino, foi professor nos liceus de Faro, Bragança e Évora, exercendo actualmente o professorado no Liceu de Camões, em Lisboa. Cedo se dedicou à literatura e colaborou em jornais, nomeadamente em O Primeiro de Janeiro O Comércio do Porto e Diário de Notícias. Tem também textos seus nas revistas Seara Nova, Gazeta Musical, etc. Foi consagrado em 1960 com o prémio Camilo Castelo Branco, da extinta Sociedade Portuguesa de Escritores, pelo romance Aparição. Algumas das suas obras: os romances Vagão J, Mudança, Manhã Submersa, Cântico Final, Aparição, Estrela Polar Alegria Breve (traduzido em francês), Nítido Nulo (traduzido em espanhol), os livros de ensaio Do Mundo Original, Malraux - Interrogação ao Destino, Espaço do Invisível e Invocação ao Meu Corpo e o livro de contos A Face Sangrenta, alguns dos quais f oram publicados no Brasil, Itália, Holanda e Alemanha. A sua obra tem sido objecto de estudo em universidades do Brasil, Espanha, França e Portugal. O romance Manhã Submersa, escolhido para figurar em «Livros de Bolso Europa – América» relata a experiência de um jovem seminarista em Portugal. O tema é abordado de forma magistral revelando ao grande público um mundo secreto de pequenos grandes dramas. Nele se condensa, com intensa e contida vibração, a vida dos rapazes que, Oriundos de famílias modestas, por dificuldades económicas, ingressam no seminário, com as suas inquietas confrontações de caracteres. Manhã Submersa anuncia também a problemática metafísica dos futuros livros do autor, com a hipótese que o jovem narrador se põe de que «Deus não exista».

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