sexta-feira, 27 de março de 2009

Não matem a cotovia

Harper Lee

As cotovias não fazem mais nada senão cantar para satisfação nossa. Não comem coisas nos jardins das pessoas, não fazem ninhos nas searas, não causam danos a ninguém. É por isso que é pecado matar uma cotovia.
As cidadezinhas do Alabama seriam simples e pacatas se não sofressem de uma doença terrível: o racismo.
Um advogado defende com toda a convicção, e arrostando com ameaças e preconceitos, um negro acusado de violentar uma rapariga branca. A sua luta é contudo vã: nunca num tribunal de Alabama se dera razão a um negro contra um branco. É uma criança que nos conta a história. Uma criança que vai descobrindo o mundo que a rodeia e é testemunha e protagonista de violências e atrocidades. A sua narrativa semi-inconsciente quase se torna a voz da adormecida consciência norte-americana. Laureado com o prémio Pulitzer, já atribuído a romancistas da craveira de Steinbeck, Upton Sinclair, Faulkner, Hemingway e Saroyan, editado em dez países com mais de cinco milhões de exemplares vendidos, Não Matem a Cotovia inspirou o filme Na Sombra e no Silêncio, de Robert Mulingan, com Gregory Peck.

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