terça-feira, 10 de março de 2009

O leopardo

Tomasi Di Lampedusa

Tomasi di Lampedusa, o velho aristocrata siciliano, nunca terá pensado que o seu romance atingira a tiragem que atingiu: 500000 exemplares (facto que, em Itália, não se verificava há cem anos). Adaptada para o cinema por Visconti, traduzida em variadíssimos países, o que impõe esta obra, fruto de um sonho de vinte e cinco anos, que o seu autor não chegou a ver impresso (Lampedusa começara a sua redacção aos sessenta anos e terminara-a poucos meses antes da morte) «O Leopardo» é uma autobiografia; é a história da decadência de uma classe, a aristocracia; é o retrato de um país, sacudido por convulsões sociais, cujos efeitos se fazem ainda sentir (a Itália ). É, também, o perfil de um homem, inesquecível, na nobreza do seu isolamento, na complexidade e na inflexibilidade do seu carácter, na coragem com que aceita a derrocada mesmo do seu mundo. « O Leopardo » é, ainda o palco onde se agitam histórias de amor, de ciúme, histórias de fustrações inevitáveis, de incompreensões trágicas, instantes de beleza, de sonho e de morte.

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