quarta-feira, 25 de março de 2009

O estrangeiro

Albert Camus

Um homem pode ser estrangeiro na sua Própria terra. Pode ser estrangeiro na sua própria casa. Ou dentro de si. Basta-lhe, para isso, que, um dia, ao acordar, não empreenda o sentido das coisas. O herói deste apaixonante romance – Mersault - descobre-se, numa manhã soalheira da cidade de Argel, um estrangeiro dentro de si próprio. Estrangeiro, indiferente, íncapaz de amar e, talvez até, de sofrer. No fim e ao cabo, porque nada lhe parece valer a pena, valer o sacrifício do esforço e viver. Eis o triunfo do Absurdo - ou luta com o Absurdo? •-, tal qual no-lo escreve Albert Camus, malogrado escritor: francês que foi, na companhia de Sartre e outros, um dos chefes de fila do existencialismo, nos não muito distantes anos do após-guerra, quando a Europa o Mundo buscavam novos caminhos, entre os escombros de uma guerra dolorosa. Em duas centenas de páginas, 'repensam-se, implacavelmente, os valores a que nos vamos agarrando ...

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