quarta-feira, 25 de março de 2009

Os insubmissos

Urbano Tavares Rodrigues

Escrever é diálogo. Diálogo com os outros, diálogo connosco próprios. O escritor (romancista, contista, poeta) tenta comunicar aos mais o que viu e sentiu, na sua passagem pelo mundo. É, também, um gesto de oferta. É, também, um gesto de confiança. É, também, um acto de generosidade. Urbano Tavares Rodrigues, numa obra já longa e muito válida, não busca senão isso: falar daquilo que o tempo em que vive o obriga a meditar, para que, assim, os leitores consciencializem os problemas do momento que passa. Dos momentos que passam. Porque este ficcionista excepcional - entre os melhores ficcionistas portugueses contemporâneos-sempre se quis atento a todas as grandes angústias, esperanças e desesperanças do homem moderno. Os Insubmissos, romance marcante na bibliografia de Urbano Tavares Rodrigues, representa, exactamente, a revolta dos que não querem ser simples máquinas, num universo mecanizado, a revolta dos que reivindicam a escolha do destino que lhes pertence. Um livro saudável mente inquietante.

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