Boris Pasternak
Quem é lura Jivago? Um homem dividido entre duas mulheres? Um poeta? Um burguês que não se adapta a uma revolução inevitável? O drama do Dr. Jivago reside, somente, na atracção por Lara Guicharova e na infinita ternura por Tonia, sua mulher? Ou terá um alcance mais vasto? Boris Pasternak - Prémio Nobel de Literatura de 1958 - não escreveu, apenas, um extraordinário romance de amor difícil e vagabundo; levantou, também, o processo impiedoso de toda uma sociedade de tipo colectivista, que escamoteia ao indivíduo a liberdade da escolha. Pasternak foi, por assim dizer, o precursor do hoje tão discutido - e Prémio Nobel de Literatura de 1970 - Alexandre Soijenitsyne, ao ousar a denúncia do dogmatismo em que assentam certos estados modernos, lura Jivago vive uma epopeia que se trai a ela própria - a revolução russa de 1917 - e descobre-se ludibriado, perseguido e solitário. E já nem Lara, nem Tonia o acompanham, pouco a pouco transformando-se o dia-a-dia em passado e, o passado, em fumo, com a dolorosa fragrância das nostalgias que magoam. Em seu redor, uma teoria de personagens inesquecíveis tornam o romance - à boa maneira russa - num fresco fabuloso de extrema riqueza psicológica e valor histórico.
Quem é lura Jivago? Um homem dividido entre duas mulheres? Um poeta? Um burguês que não se adapta a uma revolução inevitável? O drama do Dr. Jivago reside, somente, na atracção por Lara Guicharova e na infinita ternura por Tonia, sua mulher? Ou terá um alcance mais vasto? Boris Pasternak - Prémio Nobel de Literatura de 1958 - não escreveu, apenas, um extraordinário romance de amor difícil e vagabundo; levantou, também, o processo impiedoso de toda uma sociedade de tipo colectivista, que escamoteia ao indivíduo a liberdade da escolha. Pasternak foi, por assim dizer, o precursor do hoje tão discutido - e Prémio Nobel de Literatura de 1970 - Alexandre Soijenitsyne, ao ousar a denúncia do dogmatismo em que assentam certos estados modernos, lura Jivago vive uma epopeia que se trai a ela própria - a revolução russa de 1917 - e descobre-se ludibriado, perseguido e solitário. E já nem Lara, nem Tonia o acompanham, pouco a pouco transformando-se o dia-a-dia em passado e, o passado, em fumo, com a dolorosa fragrância das nostalgias que magoam. Em seu redor, uma teoria de personagens inesquecíveis tornam o romance - à boa maneira russa - num fresco fabuloso de extrema riqueza psicológica e valor histórico.
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